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sexta-feira, 12 de junho de 2009

O golpe dos mensaleiros

A Revista Veja http://veja.abril.com.br/250608/p_070.shtml continua lembrando dos mensaleiros.

Nesse ano o mensaleiro mais famoso de nossa Região o deputado Valdemar Costa Neto, já está dando todo o seu apoio político para a candidatura do Ex-Prefeito, ex André da Raquel, ex André, e atual André de Guararema, não estamos falando de pessoas diferentes mais de um político que muda seu nome de acordo com o cargo que pretende.

O mais interessante é que o Sr. Deputado Valdemar Costa Neto o ”Boy” como é mais conhecido por uma parte da população, os demais apelidos ou predicados negativos, esses sim a lista é interminável.

Mas retornando ao assunto o “Boy” está usando a futura candidatura como é praxe dos seus negócios ou seja dividir o investimento em vários negócios, digo apoio a várias candidaturas de Deputados Estaduais que devem lhe render votos, entre eles vão debutar o Sr. André do Prado e o Sr. Conrado ex-candidato a Prefeito de Bertioga, que tem a benção e toda a “maquina azeitada e bem engraxada” do Sr. Deputado Boy.

Através da “rede peão de informações” soubemos de um aniversário de uma Candidato a Deputado Estadual que foi de 3 dias. Que Beleza!!!!. Haja disposição e dinheiro para gastar em festas..., com centenas de convidados.

Imaginem quantos aniversários e aniversariantes serão homenageados com a presença dos Futuros Candidatos na época da Campanha eleitoral, porque na Campanha não pode haver festas “Paitrocinadas” pelos Candidatos, mas eles como cidadão podem ir a quantas festas forem convidados, desde que não façam Campanha Eleitoral.

Guararema será com certeza, alem de Bertioga e Mogi das Cruzes um circuito de grandiosas festas com a presença do Sr. Deputado Valdemar Costa Neto, e o seu Deputado da Cidade ou da micro região, que já foi leiloada e que os futuros candidatos estão percorrendo inclusive como acompanhante de Autoridades Municipais.



O golpe dos mensaleiros

Eles querem usar uma ótima idéia – o fim do foro privilegiado para políticos – para se livrar da cadeia

Expedito Filho
Samir Baptista/AE


O ex-ministro José Dirceu disse que prefere ser julgado pelo STF. É um homem sincero

O foro privilegiado é um instrumento que permite aos políticos responder a processos criminais, como os de corrupção, apenas perante tribunais superiores. Apontada por especialistas como uma das causas da impunidade, ele parece estar com os dias contados. Na semana passada, uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, um texto que devolve os políticos mal-intencionados ao mundo dos cidadãos comuns. Para virar lei, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo plenário e, depois, referendada no Senado. Antes refratários à perda da prerrogativa, agora muitos políticos se posicionam contra a sua existência. Não, não se trata de uma onda de moralidade. Ao contrário. O que move a aprovação da nova lei é a velha má intenção dos espertalhões. Nos bastidores, a articulação para aprovar o texto tem contado com o empenho dos mensaleiros, os personagens do maior escândalo político do governo Lula, flagrados pagando e recebendo pro-pinas. São eles hoje os principais apoiadores da emen-da, e por uma razão elementar: eles querem continuar impunes. Vêem no fim do foro privilegiado a única maneira de escapar de uma provável condenação por crimes que vão de corrupção a formação de quadrilha.

Hoje, existem cerca de 450 processos contra políticos tramitando nos tribunais superiores de Brasília. Não há um único caso de condenação. No fim do ano passado, o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, numa sessão histórica, transformou em réus quarenta pessoas, algumas delas expoentes de primeira grandeza no Congresso e no Executivo havia bem pouco tempo. Por empenho e dedicação pessoal do ministro, o processo tem se mostrado célere, o que preocupa os mensaleiros acusados. Prevendo um desfecho incomum para o caso – a real possibilidade de cadeia –, o grupo começou a buscar alternativas para manter a tradição de impunidade dos crimes que têm políticos como personagens principais. Os mensaleiros se reúnem periodicamente em São Paulo para discutir estratégias. De um dos últimos encontros, que contou com a presença do ex-deputado bispo Rodrigues e dos deputados Valdemar Costa Neto e João Paulo Cunha, entre outros próceres republicanos, veio a solução: ficou decidido que a melhor alternativa para escapar da Justiça seria protelar o julgamento do caso até a sua prescrição legal. Como fazer isso? Aprovando a emenda que põe um ponto final no foro privilegiado – o que, além do mais, conta com a simpatia da população.
Ed Ferreira/AE


O deputado Valdemar Costa Neto: o prócer aposta na prescrição dos crimes
O deputado Regis de Oliveira, autor do relatório aprovado na semana passada, calcula que o projeto de emenda constitucional pode ser sancionado até o início de 2009. Se isso ocorrer, o processo dos mensaleiros deixará o STF e irá para a Justiça comum. A diferença a partir daí é que os réus ganhariam condições de usar toda sorte de chicana jurídica para atrasar a tramitação – o contrário do que ocorre no Supremo, em que uma eventual condenação seria definitiva, sem nenhuma possibilidade de recurso ou protelação. Os ministros do STF anunciaram que pretendem concluir o julgamento em, no máximo, dois anos. Já na Justiça comum, em caso de uma eventual condenação os acusados ainda poderiam recorrer a pelo menos outras duas instâncias, inclusive ao próprio Supremo Tribunal Federal. Os advogados dos mensaleiros fazem a matemática da enrolação. Num prazo de seis anos, em média, os principais crimes cometidos pela quadrilha estariam legalmente prescritos.
Fernando Pilatos/Futura Press


João Paulo Cunha: o abnegado trabalha a favor da emenda certa na hora errada
"Isso é ótimo. Muito bom mesmo", comemorou na semana passada um ex-deputado federal que integra o rol dos acusados, depois da aprovação do projeto na Comissão Especial que analisou a emenda. "Agora, é só fazer o trabalho de bastidor." O trabalho de bastidor, segundo ele, consiste em mobilizar todas as bancadas dos partidos envolvidos no mensalão para aprovar a emenda no menor prazo possível. Entre os interessados estão o PT, o PR, o PTB, o PP e o PMDB. Juntos, eles somam 276 votos na Câmara e 45 no Senado. Com o apoio dos demais partidos aliados da base do governo, eles teriam número suficiente para aprovar a emenda nas duas casas. O ex-ministro José Dirceu, apontado como o chefe da quadrilha, confidenciou a um aliado que não se envolveu nas negociações sobre o fim do foro especial. Ele garante que prefere ser julgado pelo STF, que, acredita, o absolverá das acusações de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele continua a ser um homem sincero.

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