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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Bullying e Mobbing no Ambiente de Trabalho - Parte 2

Depois de E-mails e pedidos, continuo escrevendo sobre Assédio Moral no Ambiente de Trabalho, divulgando os conhecimentos que obtive no intuito de combater essa “falange de assediadores do mal” que se dissimula, principalmente no serviço público.

Aspectos psicóticos do Assediador

“Gestores assediadores” podem ser rotulados de psicopatas!!!

E eles não são exclusivos de sua cidade não!!!

Iñaki Piñuel (perito na investigação e pioneiro na investigação e divulgação do mobbing na Espanha) analisa os papéis organizacionais como potentes mecanismos modificadores da psicologia dos indivíduos e estratégias de alguns seres humanos para escalar no poder mediante todo tipo de manipulações, mentiras e chantagens. É a "psicose" que afeta as pessoas que chegam a cargos de chefia.

Geralmente o gestor assediador se sente despreparado para o exercício do cargo ou função confiada. Muitas vezes, nem possui conhecimento mínimo necessário para a função, no entanto, é sustentado no cargo por relacionamentos que garantem a sua indicação. Podem se tornar arbitrário no sentido de compensar suas limitações, acreditando estarem respaldados por uma suposta intocabilidade.

Supõe-se que muitos gestores, infelizmente, não sabem conviver com competências. Para que se sintam importantes é necessário que existam, constantemente, incompetências e não conformidades.

Gestores, de tal naipe, sentem-se inseguros quando um colaborador capaz chega trazendo soluções e facilidades representando um verdadeiro predador, ameaçando seu ninho e seu estado de conforto.

Se eu pudesse deixar conselhos para gestores e futuros gestores, o primeiro seria: “Mostre-se inteligente, não hesite contratar pessoas mais competentes que você.”

Entre muitas atitudes de assediadores, citam-se:

• Faz vigilância específica a um colaborador assediado, controlado por outro, fora do contexto da estrutura hierárquica da empresa, espalhando assim a desconfiança e buscando evitar a solidariedade entre colegas;

• Faz advertências, restrições em razão de atestados médicos ou de reclamação de direitos;

• Submete alguém, sem trégua, a pequenos ataques repetidos com insistência, cujos atos tem significado e deixam na vítima o sentimento de ter sido maltratada, desprezada, humilhada, rejeitada;

• Impõe sobrecarga de trabalho ou impede a continuação do trabalho, deixando de prestar informações necessárias;

• Faz comentários maliciosos ou críticas contínuas a atos do colaborador;

• Qualquer reação do colaborador é geralmente entendida como resistência, intolerância ou desencontro de personalidades;

• Colocar em local sem nenhuma tarefa: Ser colocado/a sentado/a olhando os outros trabalhar, separados por parede de vidro daqueles que trabalham;

• Impedir o colaborador de andar pela empresa;

• Faz controle de idas ao banheiro;

• Não permitir que conversem com antigos colegas dentro da empresa;

• Ter outra pessoa no posto de trabalho ou função quando retornam ao trabalho;

• Diminuir salários quando assediados retornam ao trabalho;

• Demitir após a estabilidade legal;

• Controlando entrada e saída ou revistar os colaboradores;

• Controlar as idas a médicos ou impedir que procurem médicos fora da empresa;

• Estimular a discriminação entre os sadios e adoecidos;

• Demitir os adoecidos ou acidentados do trabalho;

• Dificultar a entregar de documentos necessários à concretização da perícia médica pelo INSS;

• Desdenha doenças ou faz comentários de mau gosto.

Uma atitude comum, que cito com maior propriedade, é o não reconhecimento de doenças do trabalho: como no caso dos colaboradores lesionados com a doença a LER/DORT ou que possuem doenças psicossomáticas como depressão, por exemplo.

Lesionados até fazem fisioterapia, porém quando retornam ao trabalho, continuam executando as mesmas rotinas, apesar da recomendação médica de mudança de função. Consequentemente, devido aos esforços repetitivos, a doença se agrava cada vez mais.

Nos casos de depressão, ao retornar ao local de trabalho (aqueles extremamente tensos) não se oferece condições para a superação da doença, o que resulta em estágio crônico da doença.

Se você também foi vítima de assédio moral, bullying ou mobbing no ambiente de trabalho. DENUNCIE!!!

ACREDITE, VOCÊ É MUITO MELHOR QUE SEU ASSEDIADOR, TANTO EM CARÁTER COMO EM COMPETÊNCIA.

Ass.: Prof. Théo

“Tudo que é preciso para o triunfo do mal, é que as pessoas de bem nada façam.” (Edmund Burke)

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