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terça-feira, 29 de junho de 2010

ENSINANDO O PADRE NOSSO AO VIGÁRIO (parte 2)

Acredito em pessoas que tenham verdadeira obsessão pela verdade.

Existe um medo generalizado entre os munícipes desta cidade, resultado de uma política provinciana que impera nesta cidade cujo poderio totalitário está enraizado nos atos de coação, frequentemente aplicados sem visar o bem público. Ignoram que os munícipes têm direitos e deveres inatos da Democracia.

Como sabe, o conceito de verdade é bastante relativo e subjetivo e, muitas vezes, tendencioso e parcial. Se você tem sede da verdade é preciso bebê-la em várias fontes. Acredito também que as convicções opostas são extremamente importantes nesta busca incessante da verdade absoluta.

Desde já, antecipo que tenho muito interesse em pessoas que buscam essa verdade plena.














Se você foi bem atendido no Cartão Cidadão, posso lhe assegurar que muitas pessoas que não foram devidamente cadastradas pelo Cartão Cidadão.

Se você foi bem atendido no cadastramento, do SUS, eu posso lhe assegurar que existem pessoas que tiveram problemas no seu cadastramento.

Posso lhe assegurar que existem muitas pessoas que não são bem atendidas pelo CESAP.

Por que há diferentes tipos de atendimentos?

Qual deveria ser o padrão ideal no atendimento?

Como vê, a verdade é relativa e subjetiva e o padrão está longe do ideal.

Por que alguns poucos são bem atendidos e muitos outros não?

Não fere nossa constituição no que tange os princípios da isonomia?

Será que um cidadão de tez morena, cheirando a suor do árduo trabalho e com parco grau de instrução não merece bom atendimento?

Ou será que somente pele ariana, de olhos claros e pós graduação são credenciais ao bom atendimento?

Um filósofo contemporâneo, Philip Crosby (1926-2001), desde a década de 1990, diz que “mede-se a qualidade de um bem ou serviço pelo custo da não conformidade”.


Este conceito tem sido amplamente divulgado nas organizações e pelas normas internacionais da ISO 9001.

Então... mesmo no anonimato, creio que tenho ajudado nas minhas conjecturas apontando essas incongruências. É também uma forma de não me manter a parte dos direitos e deveres de um cidadão.

Para completar, relembro duas indagações de uma de nossos leitores:

Se alguém tem ideias de logística que podem favorecer a população, qual gestor não aceita de braços abertos uma boa ideia?

Qual gestor não quer uma melhora de seus resultados, mesmo no serviço público?

Estas questões são muito pertinentes e, pela minha experiência pessoal, levando-se em consideração dados estatísticos, muitos outros cidadãos (anônimos ou não) ficam estupefatos com as reações de gestores públicos desta cidade.


Sinto-me em pleno século XIX, diante os coronéis do império.

Sinto-me na pele de José do Patrocínio (1853 – 1905) uma das mais destacadas figuras do movimento abolicionista que precisava assinar com o pseudônimo de Prudhome.

O anonimato faz-se necessário, pois se exige cautela ao se referir a uma elite excludente e fechada que vivencia preconceitos, que olha com desconfiança e conservadorismo para qualquer abertura de espírito ou ação de seus munícipes.

Em tempo: gostei muito de uma frase de Eça de Queiroz (1845 – 1900), contemporâneo de Patrocínio, que encontrei na internet:


“Políticos e fraldas devem ser mudados freqüentemente e pela mesma razão.”

Fica evidente aos usuários que há falta de organização e estruturação dos serviços: demora no processo de aquisição; compras frequentes, em pequenas quantidades, segmentadas, em regime de urgência, por vale e outras; falta constante de medicamentos; falta de eficiente sistema de controle e de informação e, sobretudo, falta de planejamento e avaliação.


Ass.: Cidadão Anônimo

“Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam.” (Edmund Burke)

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