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sábado, 28 de agosto de 2010

Falsos profetas são ratos ou sapos?


As eleições de 2010 se aproximam e, neste contexto, me assola a mente aquele dinheiro não contabilizado destinado à corrupção, desigualdade na distribuição de dinheiro entre candidatos e partidos políticos, campanha política cara e muito poder destinado a grandes empresas doadoras de campanhas políticas... entre muitos outros problemas relacionados à captação de dinheiro para as campanhas políticas no Brasil.



Olhando por outro ângulo, retrospectivamente, muitos políticos, por exemplo, retardam suas obras e as inauguram num final de mandato buscando reeleição ou indicação de seus sucessores objetivando se perpetuarem no poder.Ludibriam o povo e a estratégia funciona.A mim, esta estratégia causa nojo e não me engana mais.

Reorganizando o tema, prefiro fazer aqui uma analogia entre políticos e falsos profetas.

Consequentemente, lembrei-me de algumas passagens bíblicas sobre falsos profetas.

Em todos os tempos, existiram homens que exploraram, em proveito de suas ambições, de seus interesses e do seu anseio de dominação, certos conhecimentos que possuíam, a fim de alcançarem o prestígio de um pseudo-poder sobre-humano. São esses os falsos profetas.

Falsos mestres, ensinamentos, profetas e profecias têm o propósito de confundir e destruir os incautos do plano superior.

O propósito da profecia é exortar, consolar e edificar. Cabe a nós recolhermo-nos ao interior da própria consciência para decidir com seriedade, critério, sabedoria, discernimento, imparcialidade para, então rejeitar os falsos profetas e suas profecias.

O Evangelho de S. Lucas nos alerta para o julgamento do falso profeta através de seus frutos:

A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má [...].

Afinal, que frutos são esses?

Reconhece-se o verdadeiro profeta pelas suas virtudes, exclusivamente, morais, ou seja, seu caráter, seu estilo de vida, o teor da sua mensagem, suas amizades, o que ele defende, seus ensinamentos etc..

É assim, o que você deve julgar e examinar são suas obras. Se os que se dizem investidos de poder revelam sinais de uma missão de natureza elevada, isto é, possuem o mais alto grau de virtudes como a caridade, o amor, a humildade, a indulgência, a bondade e apresentam atos em consonância com as palavras, então posso dizer que estes são árvores que dão bons frutos.

Lembre-se de que cada criatura traz na fronte e, principalmente nos atos, o cunho da sua grandeza ou da sua inferioridade.

Observe, indague sobre as ideias e os atos e reconhecerá que, acima de tudo, se lhes faltam qualidades como a humildade e a caridade e impera a cupidez e o orgulho, você fatalmente estará diante de um falso profeta.

Os falsos profetas infiltram-se em nosso meio:
• Têm aparência de piedade;
• São lobos vestidos de ovelhas;
• São mestres e doutores (inteligentes, cultos, influentes).


Por baixo dessa bela aparência são enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios.

"....são amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.”

Os falsos mestres ensinam o que as pessoas querem ouvir.

"... eles são o joio que deve ser separado do trigo no fim da colheita..." (Mt 13.30);

O verdadeiro mestre fala o que o povo precisa ouvir, se preocupando com a qualidade de vida das suas ovelhas e com a verdade.

Para não me estender na minha dialética, vamos voltar ao início deste texto tentando responder a questão primeira.

Preciso relembrar que expressão "engolir sapo" significa ficar calado diante de uma situação, sem poder reagir.

Então, respondendo a questão: afirmo que falsos profetas podem ser ratos e/ou sapos.

E concluo:

É melhor não engolir ratos agora para não ter que engolir sapos no amanhã.

Melhor mesmo é seguir a parábola do joio e do trigo... O joio, a gente queima.

Ass.: Prof. Théo

“Tudo que é preciso para o triunfo do mal, é que as pessoas de bem nada façam.” (Edmund Burke)

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