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terça-feira, 25 de maio de 2010

Confabulação entre Carros Japoneses e Poder Executivo?

Confabular seria conversar sobre determinados assuntos com o pressuposto de suprir alguns lapsos de memória.

Na década de 1960 imperava a produção americana, mas aos poucos esta situação começou a mudar. Com certeza as Três Grandes de Detroit não viam o Japão como uma ameaça à sua sobrevivência em 1962, quando a participação japonesa no mercado americano era de 4%.

Tampouco em 1967, quando era inferior a 10%. Nem em 1974, quando beirava os 15%. Quando os Três Grandes começaram a ter uma visão crítica da sua situação, já era o início da década de 80 e a participação japonesa no mercado chegava a 21,3%. Em 1989, os japoneses detinham 30% do mercado de automóveis.

Para adentrar no tema, nesta confabulação, hoje temos, como representantes do povo, 9 vereadores. Somando-se todos os votos de todos os vereadores que assumem a câmara atingi-se cerca de 4200 votos de eleitores (considerando também que alguns dos mais votados, estão instalados em gabinetes de secretarias).

De acordo com a última eleição, havia 19.253 eleitores. Então, para quem gosta de estatística como eu, apenas 21,8% (teoricamente) da população tem sido representada por vereadores na atual câmara do legislativo.

Como pode a minoria legislar? É um contra-senso!!!

Por que a presidência da câmara de vereadores não pode ser atribuída ao vereador melhor votado? Outro contra-senso. Não dá para entender?

Então pergunto: e o restante dos eleitores (78,2%)? Quem pode representá-los no poder legislativo?

Veja os dados:
• Número de Eleitores: 19.253
• 100 candidatos
• Votos brancos: 437 (2,26%)
• Votos nulos: 893 (4,63%)
• Abstenções: 2.135 (11,09%)

Os 20 candidatos mais bem votados:

CANDIDATOS   VOTOS
Candidato 01      731
Candidato 02      699
Candidato 03      605
Candidato 04      577
Candidato 05      433
Candidato 06      395
Candidato 07      358
Candidato 08      328
Candidato 09      374
Candidato 10      372
Candidato 11      345
Candidato 12      307
Candidato 13      303
Candidato 14      296
Candidato 15      282
Candidato 16      266
Candidato 17      254
Candidato 18      238
Candidato 19      226
Candidato 20      222

A estratégia de um “poder executivo perene” é bem conhecida. Permite-se o máximo possível de candidatos à Câmara de Vereadores (na última eleição foram 100 candidatos).

Se os votos fossem igualitariamente distribuídos entre todos os candidatos, bastaria obter cerca de 250 votos para se eleger.

Não quero nem entrar no mérito da candidatura do meu antigo Mestre (guardo grande consideração e quero respeitar suas convicções).

É a forma mais simplória de dividir, ou melhor “duvidar” votos e por fim, manter o domínio deste colégio eleitoral.

Para o poder executivo, fica mais fácil de exercer o seu domínio sobre o poder legislativo. É mais fácil dominar 21,8% ou 79,2%?

Pergunto novamente: quem pode representar os outros 15 mil eleitores?

Nós, cidadãos anônimos, nós (15 mil eleitores) escolhemos nos fazer representar neste blog (que tem sido a Ágora da Indignação) apresentando nossas convicções. E as estatísticas apontam uma crescente indignação contra o poderio desta cidade.

Dizem que “em terra de cego quem tem um olho é Rei.”

Mas também “o pior cego é aquele que não quer ver.”

Ass: Cidadão Anônimo

“Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam.” (Edmund Burke)

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