Mas esse ditado não é totalmente correto, dependendo do assunto.
Quando se trata de futebol, todos se lembram da tristeza de 1950, mesmo não sendo daquele tempo, quando nossa seleção perdeu a final do mundial para o Uruguai de 2 X 1. O mesmo se diga da grande conquista de 1958, que deu início a uma sequencia de feitos gloriosos da nossa seleção canarinho. A escalação da seleção está na ponta da língua, os gols maravilhosos, as defesas sensacionais e assim por diante.
Agora, em se tratando de política, a coisa muda.
Não faz muito tempo, a imprensa noticiou que o político Valdemar Costa Neto (PR-SP), segundo sua esposa denunciou, ficou com 20% de 2 milhões de dólares que o PT teria recebido a título de doação, de empresários de Taiwan.
A ex-esposa do Sr. Valdemar da Costa Neto afirma que ele é um jogador compulsivo, frequentador de cassinos, e alega que ele recebia mensalão, corroborando as acusação feitas, beneficiando-se do mandato de Deputado Federal, outorgado pelo povo, traindo assim, a sua confiança. O político, por sua vez, não desmentiu a notícia. Nem poderia, pois foi a sua própria ex-mulher e socialite, quem o denunciou. Preferiu ele, renunciar ao mandato, para não ser cassado e poder concorrer a eleições futuras. [¹]
Essa forma fraudulenta de repasse, com emprego da empresa Guaranhuns Empreendimentos, resultou em transferências no valor total de aproximadamente seis milhões e quinhentos mil reais ao PL (hoje PR)
A peça acusatória da Procuradoria Geral da República, assim discorreu sobre o fato:
“Que, na conta do depoente e em cheques administrativos nominais à empresa Guaranhuns circulou o montante aproximado de R$6.500.000,00, sendo R$3.500.000,00 aproximadamente para quitar o empréstimo originário de R$3.100.000,00 feito pelo depoente ao ex Deputado Valdemar Costa Neto e o restante foi repassado em espécie ao Sr. Tadeu Candelária na sede do PL em Mogi das Cruzes...”
O relacionamento de Lúcio Funaro e Valdemar Costa Neto data do mês de setembro de 2002, quando Lúcio Funaro e seus associados repassaram ao denunciado Valdemar Costa Neto a importância de R$ 3.000.000,00, em três parcelas de R$ 1.000.000,00, em espécie,empacotadas e entregues na sede do PL em São Paulo.
Prossegue a peça acusatória da Procuradoria nestes termos:
“Em decorrência do esquema criminoso articulado, Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas e Antônio Lamas receberam como contra prestação do apoio político negociado ilicitamente, no mínimo, o montante de dez milhões e oitocentos mil reais, seja por intermédio da empresa Guaranhuns, seja por intermédio da sistemática de saques e transporte em espécie de numerários. O dinheiro, nessa segunda fase, era sacado por Simone Vasconcelos e entregue a Jacinto ou Antônio Lamas que o repassava a Valdemar da Costa Neto.” [²] E por ai vai...
Depois, veio a lei da ficha limpa e, discussão daqui, discussão dali, o fato é que o moço, acreditando na falta de memória do eleitor, e, com o descaramento e falta de decoro que lhe é peculiar, está novamente concorrendo como candidato a Deputado Federal.
Meio que sem graça, a foto da propaganda de sua candidatura, não mostra nenhum sorriso. Apenas esboça uma expressão meio que... sei lá, um tanto quanto misteriosa, enigmática, a lá Mona Lisa, como quem pensando: que bando de otários, esses desavisados e esquecidos eleitores.
No momento em que derramo sobre uma folha de papel este lacunoso desabafo, o Supremo Tribunal Federal envereda para cima do muro, dividindo os votos de seus Ministros em números iguais de cinco para cada lado, com a abstenção deliberada de seu de seu Presidente, na votação da Lei do Ficha Limpa.
Ou seja, a vontade do povo, para estas eleições, foi desatendida pelo Poder Judiciário e, mais uma vez, os candidatos desonestos, corruptos, desdenhosos, apropriadores do erário público, se aproveitando disto, lançam suas perniciosas candidaturas.
Singelamente, fica o meu lembrete: caso sua memória tenha falhado, saiba que aquele moço que diz que ama Guararema, embolsou faz pouco tempo, ao que se sabe, muito dinheiro, nos quais está parte do dinheiro de cada um de nós. Não é digno do meu voto, porque não posso compactuar com políticos desonestos.
Ah! Quase ia me esquecendo. Ao lado do moço que se apropriou do dinheiro, está outro moço, candidato a Deputado Estadual, este sim sorridente, como já dito um dia, não ri para o povo, mas sim do povo, quem sabe, pensando no próximo dinheiro que será surrupiado dos eleitores incautos que os colocam no poder.
Tendo em vista que o Senhor André Luiz do Prado, Prefeito Municipal de Guararema, durante o exercício de 2008, foi condenado a pagar ordenador dos dispêndios impugnados, para que, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, providencie o ressarcimento, com acréscimos legais, ao erário da importância de R$ 5.378.250,96 (Cinco milhões trezentos e setenta e oito mil duzentos e cinquenta reais e noventa e seis centavos). [³]
Se não me falha a memória, embora ela não tenha o costume de ser curta, certo sábio, exprimiu aquela máxima que bem cabe aqui: “dize-me com quem andas, que te direi quem és!”
Meu voto é pela moralidade. Meu voto e pela defesa dos direitos e interesses do povo. Diga não a quem apenas usa o povo para os próprios interesses e nada faz pelo povo.
Fonte:
[¹]http://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_dos_desenvolvimentos_do_escândalo_do_mensalão_(2005)
[²] http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/mensalao/_pdf/mensalao.pdf
ANTONIO FERNANDO BARROS E SILVA DE SOUZA - PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA para o EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA.
[³]Processo TC–800070/488/08. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO – Decisão de 21/09/2010 publicado em http://www.tce.sp.gov.br/ veja a decisão na url http://www.horahjornalverdade.com.br/andre_tce/92693.pdf e publicado no Diário Oficial no dia 24/09/2010.
Um cidadão (que ama o Brasil) sem cartão
“Tudo que é preciso para o triunfo do mal, é que as pessoas de bem nada façam.” (Edmund Burke)
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