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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Bibliotecas

Um levantamento do Instituto Pró-Livro confirma que o brasileiro lê pouco. São 77 milhões de não leitores, dos quais 21 milhões são analfabetos.

Dados de 2010 (http://www.diariodoaltotiete.com.br/matpesquisa.aspx?idmat=39516&pchave=guararema ), apontam 9% de analfabetismo em Guararema contra os 6% da média nacional. 

Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. 

No contra-pé das estatísticas, em fevereiro de 2010, a capital paulista ganhou a Biblioteca de São Paulo, localizada no número 2.630 da avenida Cruzeiro do Sul, no Carandiru (zona norte de SP).

Saibam que a zona norte da cidade de São Paulo possui cerca de 2 milhões de habitantes distribuídos em 88 bairros.

Não quero dizer com isso que a Biblioteca foi construída somente para os moradores da Zona Norte. É claro que ela tem acesso irrestrito a qualquer pessoa de qualquer bairro ou cidade.

Área de mais de 4 mil metros quadrados

Em uma área de 4.200 m², entre pufes roxos, mesas alaranjadas e pinturas lúdicas nos vidros, vê-se mais de 100 computadores, cerca de 30 mil livros, leitores de Braille e vários exemplares de DVDs.

Quanto à acessibilidade, há preocupação com elevador e leitores em braile para os portadores de necessidades especiais.

Guararema também terá a sua Biblioteca...
Não ficamos atrás dessa tônica e logo teremos nossa Biblioteca (cerca de mil metros quadrados e orçada em cerca de 2 milhões de reais).

Talvez não seja tão suntuosa, talvez não tenha 100 computadores, leitores em braile ou nem tenha tantos títulos assim.

Em um aspecto, em particular, poderemos comparar e nos igualar.

Refiro-me ao acesso irrestrito de qualquer cidadão (eleitor ou não) - espero que nem se cogite o pré-requisito Cartão Cidadão.

Porém, há outro aspecto que poderemos surpreender: a qualidade de prestação de serviço pode ser muito melhor, afinal somos 27 mil de habitantes de Guararema contra 2 milhões de habitantes da zona norte de São Paulo.

O que importa mesmo é o grau de relevância desta obra para nossa cidade e região.

Vale se acrescentará valores na cultura, na educação e no fortalecimento cívico de nossos cidadãos.

Comentário 01 - Calcule e Compare

O CUB (Custo Unitário Básico), ou seja, os preços da construção civil, no Estado de São Paulo, define o valor de R$ 857,85 m² (dados de março de 2010) sendo que R$ 445,86 são referentes à mão-de-obra, R$ 389,18 aos materiais e R$ 22,81 às despesas administrativas.

O índice é calculado pelo Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), é utilizado como parâmetro nos reajustes de contratos da construção civil paulista.

Esses valores são para acabamento básico (piso cerâmico, pintura acrílica e fosca, banheiro com louças e azulejos, janelas de vidro e alumínio, portas de madeira, etc).

Comentário 02 - Aditamento da obra da Biblioteca

Dados obtidos sobre Aditamento 01 (Contrato 125/2009) celebrado com a empresa Suzuki Engenharia e Construções Ltda para Construção de uma biblioteca municipal informa um pequeno acréscimo de no valor de R$ 488.404,14.

Levando-se em consideração os dados do CUB (Custo Unitário Básico), muitos e...leitores, gostaríamos de entender melhor o porquê dos valores divulgados (aquele que está divulgado na placa em frente a obra e agora... este aditamento) !?!?!?

Comentário 03 – Orçamento Municipal de 2011

Faço aqui um confronto de valores socialmente relevantes. Em audiência pública, relativa ao Orçamento de 2011, foi apresentado um valor de 110 milhões de reais sendo que 170 mil reais são reservados para a construção de casas populares.

Dá para imaginar quantas casas populares vão construir com esse dinheiro?Nada justifica esse orçamento e nenhuma construção de casa popular até o momento.

Aliás, a lei orgânica prevê que o município poderá destinar até 10% (dez) por cento do orçamento na construção de moradia popular.

Mais uma vez, sou obrigado a me referir às “PRIORIDADES” dadas pelo executivo.

Ass. Prof. Théo

“Tudo que é preciso para o triunfo do mal, é que as pessoas de bem nada façam.” (Edmund Burke)

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